1.
AS DESAVENTURAS DE UM FLORENTINO
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Maquiavel nasceu em Florença em
03 de maio de 1469 – Itália.
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Filho de pai advogado e
estudioso renascentista foi incentivado ao estudo humanístico.
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Aos 12 anos já redigia texto em
latim e dominava a retórica Greco-romana.
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Exerceu cargo de destaque na
política, sendo deposto com a chegada do Médicis ao poder.
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Em 1513 foi preso, torturado e
condenado a pagar multa pesada, sob o pretexto de conspiração contra os
Médicis.
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Por diversas vezes buscou
retornar ao cargo político que exercia, mas foi lhe negado.
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Isolado e morando numa pequena
propriedade da família se dedicou ao estudo dos clássicos e protagonizou uma
nova proposta de estudo da política, tendo a realidade como foco nos seus
estudos.
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Os “resultados de seus estudos
lhe renderam as obras: “o príncipe”; “a
arte da guerra”; história de Florença”.
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Mesmo com a queda dos Médicis
do poder em 1527, Maquiavel não conseguiu retornar a vida pública, pois, foi
taxado pelo movimento que chegou ao poder como alguém que tinha ligações com os
tiranos.
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Desgostoso adoece e morre em
junho do mesmo.
2.
A VERDADE EFETIVA DAS COISAS
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O foco do estudo de Maquiavel é
o Estado. Não melhor Estado, mas o real. Sua preocupação não foi em apresentar
um projeto de um Estado perfeito e sim descrever o Estado real.
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Assim o pensador rejeita toda a
tradição política da Antiguidade e Medievalidade. Substituiu o reino do “DEVER
SER” (marcado pela filosofia) pelo reino do “SER” – realidade.
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Seu ponto de partida e de
chegada é a realidade concreta – “a verdade efetiva das coisas”.
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Sua proposta metodologia
objetivava descobrir como resolver o inevitável ciclo de estabilidade e caos na
relação Estado e sociedade.
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A ordem, que é
conseqüência da estabilidade, não é resultado de um processo natural, nem a
materialização de uma ordem extraterrena, nem resultado do jogo do acaso.
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A ordem tem um
imperativo: deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a
barbárie, e uma vez alcançada, ela não será definitiva, pois há sempre, em
germe, o seu trabalho em negativo, isto é, a ameaça de que seja desfeita.
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A política é resultado
de feixes de forças, proveniente das ações concretas dos homens em sociedade,
ainda que nem todas as suas facetas venham do reino da racionalidade e sejam de
imediato reconhecíveis.
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A política segue uma
lógica própria regida por mecanismos distintos dos que norteiam a vida privada.
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A compreensão só é possível por
um estudo tendo como foco a realidade concreta de onde esses fenômenos
acontecem.